Informações Sobre Estudo Universitário nos Estados Unidos

A decisão de estudar no exterior, em especial a nível de pós-graduação, é louvável.  Estudar no exterior (seja EUA, França, Alemanha, Inglaterra, etc.) por 1 ano ou 2 é uma experiência significativa tanto sob o ponto de vista acadêmico como cultural.  Só que isso não deve ser confundido com a experiência cultural de um turista.  A coisa é muito, muito diferente.

O texto a seguir foi montado a partir de trechos de várias mensagens enviadas para amigos meus.  Estas foram as minhas respostas às perguntas que me foram feitas a respeito de minha experiência ao estudar nos Estados Unidos entre 1990 e 1996, e de lecionar desde 1993.  Vale ressaltar que tudo o que eu escrevi aqui foi baseado na minha experiência pessoal e familiar, e outras pessoas com certeza poderão ter opiniões bem diferentes das minhas.

As declarações feitas aqui são de minha inteira responsabilidade e de nenhuma forma se constituem em informações oficiais de quaisquer das instituições educacionais, religiosas, ou governamentais mencionadas no texto.  E não há qualquer garantia de que todos os dados (ou hyperlinks) estejam atualizados.

As informações que mostram preços estão completamente desatualizadas (a maioria são preços de 1998) e infelizmente eu não tenho tempo para atualizá-las. Contudo, os valores atuais desses produtos e serviços podem ser obtidos online sem dificuldade. A minha menção de firmas e marcas registradas não significa que eu endosso tais firmas, seus produtos, ou normas corporativas. Meu objetivo foi apenas de indicar um ponto de partida para sua pesquisa sobre tais produtos e serviços.

Dr. Marcus H. Martins, Ph.D., 1998, 2000, 2001


Tópicos Abordados Nesse Documento

1. Obtenção do Visto de Estudante (F-1)

2. Cursos de Aperfeiçoamento de Inglês

3. Curso de Especialização para Professores de Inglês

4. Cursos de Pós-Graduação

5. Cursos de Medicina

6. Qualidade dos Cursos Universitários

7. Considerações Sobre Trabalho, Dinheiro, Ajuda de Terceiros, etc.

8. Trabalho Durante o Curso

9. Custos de Manutenção Domésticos

10. Alimentação

11. Preparativos para a Mudança

12. Emprego Após a Formatura, Visto de Trabalho (H1), Green Card

13. Conclusão: Vale a Pena o Sacrifício?

 

Obtenção do Visto de Estudante (Visto F-1)

O visto de estudante (F-1) é concedido pelo consulado americano mediante apresentação do formulário I-20, expedido pela escola americana que você irá frequentar. Portanto, o primeiro passo para a obtenção do visto de estudante é o de escolher o curso e a escola. Uma vez que você se inscreva na escola desejada e a escola (ou universidade) te aceite, ela automaticamente te enviará pelo correio o formulário I-20.

Nesse formulário constam os dados pessoais do futuro estudante e os nomes dos familiares diretos que acompanharão o estudante. Esses familiares receberão o visto F-2, que os identificará como acompanhantes de estudante. O formulário também incluirá a informação sobre a duração provável do curso e os custos. O estudante em potencial precisa comprovar que possui a renda e as fontes financeiras necessárias para estudar no exterior. Caso contrário, nada de visto.

Vale a pena lembrar que o visto F-1 só é concedido para aqueles que irão fazer cursos em tempo integral e de longa duração. Se uma pessoa vier aos EUA com um visto de turista e se matricular num cursinho rápido (isto é, com duração de alguns dias ou 1 a 2 semanas), não necessitará de visto especial.

Hoje em dia (1998) as universidades americanas não aceitam estudantes com visto de turista. É bem verdade que no passado houve casos, inclusive na BYU e no Ricks College (atual BYU-Idaho), em que estudantes foram aceitos com um visto de turista e depois trocaram para o visto de estudante.  Hoje em dia isso não é mais possível.  As universidades pedem aos candidatos em potencial que retornem ao seu país para obter um visto de estudante.

O motivo para isto é simples: Desde o início dos anos 90 a questão do aumento do número de imigrantes tornou-se uma "batata quente" política por causa do aumento do desemprego em vários setores da economia. Em 1994 o partido republicano pela primeira vez em 40 anos conseguiu maioria tanto na câmara dos deputados como no senado, e um dos pontos principais da plataforma do partido foi a questão da imigração. Em 1996 eles conseguiram a aprovação de uma nova lei de imigração que o Presidente Bill Clinton teve que assinar como parte de um "toma-lá-dá-cá" político a fim de conseguir os votos necessários para reformar o sistema de previdência federal.

Essa nova lei foi anunciada como algo que iria afetar somente os imigrantes ilegais; infelizmente, como é comum na política, os imigrantes ilegais continuam com as mesmas facilidades que tinham antes dessa lei e os estrangeiros que estão nos EUA legalmente tiveram sua vida dificultada ainda mais. Em outras palavras, o que já era ruim ficou pior ainda.


Cursos de Aperfeiçoamento de Inglês

Existem vários cursos particulares de Inglês que oferecem "imersão total". Fica a critério do freguês escolher um que combine com as suas possibilidades financeiras. No que se refere à didática, podemos dizer que todos eles se equivalem e que nenhum deles é excelente. Muitos "efeitos especiais," mas resultado que é bom ...

A BYU (em Provo, Utah) possui um curso muito conceituado no ELC-English Language Center (http://www.elc.byu.edu/). A BYU-Hawaii possui o EIL-English as an International Language (http://chd.byuh.edu/tesol), mas os cursos são oferecidos somente para alunos regulares da BYUH. O Ricks College (atual BYU-Idaho), em Rexburg, estado de Idaho (5 horas de carro ao norte de Provo), não possuia tais cursos, mas com a mudança para BYU-Idaho talvez isso mude.

Quando uma pessoa tem uma habilidade nata com o idioma Inglês, tudo vai bem. Entretanto, se uma pessoa não consegue apreender o idioma, esses cursos se tornam um desperdício de dinheiro fenomenal. Na minha opinião (sujeita a contestação) Se uma pessoa não consegue aprender o Inglês no Brasil, dificilmente aprenderá nos EUA, Inglaterra, ou Austrália. Os dois cursos mais conceituados no estado de Utah são o do ELC (English Language Center) da BYU e o de uma outra escola particular também muito conceituada, a Kaplan International. Infelizmente, não tenho como te dar informação alguma sobre o conteúdo programático, preços, ou a qualidade desses cursos. Quando eu vim para os EUA eu já falava Inglês fluentemente, e nunca me preocupei em pesquisar os cursos existentes. Eu só sei que eles são bem conceituados, e mais nada. Pelo mesmo motivo, eu nada sei a respeito de cursos em outros estados oferecidos por outras universidades ou escolas particulares.

Quanto a preços, só sei que são caros. Grande coisa, né?  Para maiores informações, aqui vão os endereços na Internet dos cursos de Inglês da BYU e da Kaplan (não sei se esses endereços ainda funcionam):

ELC-BYU: http://www.elc.byu.edu/

Kaplan: http://www.kaptest.com/kep_international.jhtml

Existem cursos de Inglês intensivos (isto é, com aulas diárias e em tempo integral) bem mais baratos que são oferecidos por algumas escolas públicas secundárias ("high school") estaduais, mas esses cursos não se comparam em termos de instalações e equipamentos aos oferecidos pelas grandes universidades. No entanto, o conteúdo programático deverá ser equivalente, ainda que sem os "efeitos especiais".  Essas escolas públicas também oferecem aulas de Inglês quase de graça para pessoas residentes na comunidade. Só que esses cursos comunitários são de curta duração e não oferecem o formulário I-20, necessário para a obtenção do visto de estudante.


Curso de Especialização para Professores de Inglês

Como isto está completamente fora da minha área, não tenho muito o que te dizer. Eu só sei que a BYU oferece um mestrado em TESL (Teaching English as a Second Language) enquanto a BYU-Hawaii oferece um bacharelado em TESOL (Teaching English to Speakers of Other Languages).  Não sei se eles têm cursos de especialização de menor duração.


Cursos de Pós-Graduação

Cursos de pós-graduação são bastante duros. O sistema é dimensionado de tal forma que você fica totalmente "imerso" nos estudos em tempo integral. A quantidade de artigos a capítulos de livros para ser lida em pouco tempo chega as vezes a ser "desumana". Me lembro de semanas inteiras no primeiro semestre do MBA em que tínhamos em torno de 50 a 80 páginas de material para ser lido--e bem compreendido--diariamente. Como voce vê, o idioma Inglês é fundamental.

No entanto, perto do final do primeiro ano a pessoa nota que o cérebro já responde ao desafio intelectual com mais rapidez, e a auto-confianca parece aumentar exponencialmente.

Outro fator importante para o sucesso é o apoio familiar irrestrito. Esses cursos podem se tornar um peso enorme para o restante da família, a menos que eles tenham a visão correta de que estao plantando algo de que todos desfrutarão no futuro. Um curso de pós-graduação (especialmente um MBA) geralmente rende grandes benefícios profissionais a médio e longo prazo. Entretanto, durante o curso o cônjuge que fica em casa fica quase numa "prisão domiciliar". Não há muito tempo (ou dinheiro) para passeios, excursões, jantares finos, festas, etc.

Eu não sei nada sobre a bolsa para estrangeiros (ISSP) que foi estabelecida por um grupo particular de filantropistas para custear mestrados em administração (MBA).  Eu nunca a usei, e creio que você poderá obter maiores informacões com o pessoal que já cursou (ex.: meu cunhado Ricardo Sant'Ana, Carlos Godoy, Milton Camargo, Adilson Parrela, Paulo César Amorim, e outros) ou que está cursando agora.

Vale ressaltar que nos EUA cursos de arquitetura, medicina, direito, e odontologia são cursos de pós-graduação. Você só se candidata a um deles quando já está para terminar a faculdade (bacharelado). A competição pelas vagas é ferrenha, e quanto mais conceituada a universidade, mais difícil de entrar.

Para maiores informações a respeito de programas de pós-graduação, sugiro que vocL pesquise o "site" do Peterson's Guide, que ainda é a publicação mais completa, listando centenas de programas de pós-graduação. O endereco é:

http://iiswinprd01.petersons.com/graduate_home.asp?path=gr.home


Cursos de Medicina

O ensino de medicina nos EUA é bem diferente do existente no Brasil.  Medicina (assim como Odontologia, Direito e Arquitetura) aqui só existe a nível de pós-graduação.  A pessoa vai para a faculdade por 4 anos e se forma bacharel em zoologia, biologia, microbiologia, ou autra área afim.  E só então entra na escola de medicina para cursar os 4 anos básicos.  Ao final desses 4 anos a pessoa recebe o título "M.D." e então passa pelo menos mais 3 anos em residLncia médica na área desejada (cirurgia, obstetrícia, traumatologia, plástica, patologia, etc.)

Todo esse processo é extremamente competitivo--tanto para entrar numa escola de medicina como para conseguir uma vaga como residente num hospital universitário.

Quanto aos custos, existem bolsas de estudo e empréstimos B disposição dos alunos. A questão é encontrar um programa que estenda essa ajuda financeira a estrangeiros--coisa que poucos fazem. Mas simplesmente porque uma coisa é difícil, não quer dizer que seja impossível.  E quem sabe se no seu caso ...

Para maiores informações a respeito do estudo de medicina, eu sugiro que vocL leia, para comecar, o excelente website da Associação Americana das Faculdades de Medicina:  http://www.aamc.org/students/start.htm


Qualidade dos Cursos Universitários

Não sei até onde ($$$) você pretende ir com seu plano. Caso você(s) esteja(m) muito seguro(s) do que quer(em), pesquise(m) (via Internet) outras universidades americanas.

A BYU-Provo é uma excelente universidade.  Para tristeza de alguns, a BYU não é nem a maior nem a melhor universidade americana. Por outro lado, ela é a maior universidade na sua categoria (isto é, universidades particulares mantidas por instituições religiosas), e de acordo com a revista Business Week uma das que oferece um ensino de primeira qualidade por um preço muitíssimo inferior ao das "Ivy League", ou universidades de primeiríssima linha (Harvard, Cornell, Princeton, Yale, Northwestern, Stanford, Berkeley, Duke, Chicago, etc.)  Porisso, estudar na BYU é um excelente negócio.

A Universidade de Utah é uma instituição estadual. Ela foi criada por Brigham Young em 1857 e pertenceu à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias até o início do século 20, quando a Igreja a vendeu para o governo do estado.  Hoje ela é "orgulhosamente estereotípicamente anti-mórmon". Acadêmicamente falando, a "UofU" também é uma ótima universidade. Ela tem cursos de arquitetura e medicina (ambos somente a nível de pós-graduação), que a BYU não tem. Para se ter uma idéia, a Universidade de Utah foi a pioneira no projeto, construção, e transplante do primeiro coração artificial nos anos 80. Hoje, o governo do estado não permite mais esse tipo de pesquisa. Grana ... tudo por causa de (muita) grana saindo do bolso do contribuinte. A "UofU" também foi pioneira na pesquisa sobre fusão nuclear a frio (até que se descobriu que tudo não passara de um triste caso de "barbeiragem científica").  

O Ricks College sempre foi um "junior college" ou uma faculdade de 2 anos de duração que oferece diplomas de "Associate", um tipo de licenciatura.  Eu costumava recomendar o Ricks College como uma excelente opção para estudantes bem jovens (17-22 anos) ou que não tivessem um currículo acadêmico forte, pois um dos pontos fortes do sistema de ensino no Ricks sempre foi a preparação de alunos que anteriormente nunca haviam sido muito bem sucedidos academicamente  O ambiente no Ricks era muito bom para jovenzinhos não muito maduros, e na minha opinião deixava muito a desejar para estudantes com mais idade (25 ou mais) ou que fossem casados com filhos.  Com a mudança para BYU-Idaho, todo esse cenário poderá mudar radicalmente dentro de pouco tempo--se é que já não mudou.  No entanto, como eu agora vivo a quase 5.000 km de distância da BYU-I, não tenho como acompanhar essas transformações de perto, e prefiro não tecer quaisquer outros comentários a respeito.

A BYU-Havaí é uma instituição singular. Ela oferece bacharelados em várias áreas, mas em número muito menor ao que é oferecido em Provo. A universidade oferece bacharelados em áreas diversas tais como: Administração Internacional, Artes, Assistência Social, Bioquímica, Ciência da Computação, Contabilidade, Educação Física, Estudos Culturais Internacionais (ICS-International Cultural Studies) Gerência de Turismo, Informática (IS-Information Systems), Música, Psicologia.

O campus da BYU-H é pequeno, contando com aproximadamente 2.500 alunos (compare com 29.000 na BYU-Provo e 11.000 na BYU-Idaho). Entretanto, o ambiente é propício tanto para jovens como para "jovens em espírito". Em torno de 50% dos alunos são estrangeiros (i.e. não-americanos) a maioria vinda da Ásia e das ilhas do Pacífico. Essa grande diversidade gera um ambiente onde a incidência de atos de arrogância, preconceito, ou racismo pode ser considerada mínima.


Considerações Sobre Trabalho, Dinheiro, Ajuda de Terceiros, Etc.

Um curso universitário nos EUA não é barato--nem mesmo para os Americanos.  As universidades mantidas pela Igreja oferecem um ensino de qualidade por um preço bastante razoável. Mas mesmo com esse subsídio vindo do fundo de dízimo, a semestralidade ("tuition") ainda é cara--até mesmo para os americanos.  Nos EUA existem centenas de programas de bolsa de estudo ou de empréstimos subsidiados pelo governo federal. Só que esses programas federais estão reservados para cidadãos americanos ou para "residentes permanentes", isto é, imigrantes que possuam o chamado "green card".

Algumas pessoas alegam que podem receber ajuda dos Americanos. Isso é uma outra grande ilusão, para não dizer que é uma grande besteira. Pouquíssimas pessoas--especialmente se considerarmos os últimos 15 anos--podem dizer que receberam alguma ajuda significativa. A maioria nunca recebeu coisa alguma. Eu também não acho correto recorrer ao fundo de jejum da Igreja. Vir para o exterior para depender dos outros ou da Igreja não é melhoria de vida, na minha maneira de ver.

De uma maneira geral, os Americanos querem ver os estrangeiros "pelas costas".  Tudo é muito bom enquanto o estrangeiro está estudando, mas quando o curso está para terminar e o estrangeiro diz que quer ficar por aqui, a coisa muda.  É aí que a pessoa se certifica de que a arrogância americana "is alive and well".

Alguns estrangeiros recorrem à ilegalidade e arrumam trabalhos braçais em supermercados, escritórios, etc.  Eu não recomendo isso.  Se por um acaso a pessoa é pega trabalhando ilegalmente pelos agentes da imigração (raro em algumas regiões, mas sempre possível) esta pessoa será deportada e impedida de entrar nos EUA legalmente por 10 anos.  Além disso, eu acho um absurdo quando pessoas dizem que trabalhando desta forma elas estão melhores de vida do que quando estavam no Brasil.  Eu não consigo ver como um engenheiro, um advogado ou um médico pode estar melhor de vida lavando privadas ou varrendo o chão do que exercendo uma atividade profissional de nível superior.  Sem contar o fato de que muitos desses trabalhadorers ilegais recebem salários abaixo do mercado e não possuem qualquer proteção legal, nem seguro de saúde, etc.  Um outro argumento importante é a questão da honestidade.  Como é que uma pessoa pode responder de forma positiva ao item "honestidade" numa entrevista para recomendação para o templo, se esta pessoa está vivendo ilegalmente num outro país?

Eu sei que o que eu estou dizendo vai aborrecer uma porção de gente, mas alguém precisa dizer a verdade.  Falando proporcionalmente, poucos Brasileiros aqui nos EUA estão "muito bem de vida;" pouquíssimos mesmo.  Alguns estão "relativamente bem," especialmente se já estão no país há vários anos, falam Inglês fluentemente, e possuem seus "green cards".  A grande maioria está mal, e alguns poucos (felizmente pouquíssimos) estão, como diria um velho amigo meu, "no bico do urubu".  Infelizmente, quase todos insistem em se iludir e dizem para os seus conterrâneos no Brasil que estão melhor de vida nos EUA do que no Brasil.  Eu não digo que eles estão mentindo, mas sim que estão cometendo um grave erro de perspectiva.

Ter um carrinho, uma televisão, um DVD, e um forno de micro-ondas, não deveria se constituir no objetivo máximo da vida de ninguém. Hoje em dia, numa economia como a americana, é relativamente fácil conseguir essas coisas (às custas de endividamento com taxas de juros altíssimas para o padrão americano).  No entanto, a posse de bens materiais (única e exclusivamente) não determina a qualidade da vida de ninguém, especialmente quando a aquisição desses bens implica em endividamento a longo prazo.  Existe também quesitos como o respeito e o prestígio do cidadão na comunidade (em outras palavras, o chamado "bom nome") que advêm de anos de participação ativa e amizades sinceras e salutares.  Qualidade de vida é expressa também por uma perspectiva baseada em dados concretos de que o amanhã será melhor que hoje.  Essa perspectiva essa que vem através de uma vida espiritual bem sintonizada com o Espírito do Senhor, uma sólida formação acadêmica, uma carreira profissional bem sucedida, e a perpetuação desses valores no ambiente familiar.

Nao sei o quanto voce já pesquisou sobre o assunto, mas eu recomendo que voce leia o máximo possível, e evite as pessoas que dizem "Venha como turista que aqui a gente ajeita tudo, ou a Igreja ajuda" ou entno aqueles que dizem "Meu primo trabalhou num supermercado de madrugada enquanto frequentava a universidade". Houve uma época (uns 25 ou 30 anos atrás) em que uma pessoa podia vir só "com a cara e a coragem" e até se dar muito bem. Só que os tempos mudaram, e nno é bem assim que a coisa funciona nos EUA hoje em dia. As universidades estao cada vez mais atentas ao problema da ilegalidade.

Sugiro que vocL leia os artigos da revista U.S. News & World Report. O endereco é:

http://www.usnews.com/usnews/edu/college/rankings/rankindex_brief.php (bacharelados - "undergraduate")

http://www.usnews.com/usnews/edu/grad/rankings/rankindex_brief.php (pós-graduação - "graduate school")


Trabalho Durante o Curso

Em geral, estudantes estrangeiros portadores do visto F-1 estão proibidos de trabalhar no primeiro semestre de estudos nos EUA.  Depois disso, podem trabalhar legalmente somente dentro do campus universitário por no máximo 20 horas semanais.  Isto significa que um estrangeiro precisa obter o montante necessario para viver os primeiros 6 meses sem qualquer ajuda.

Que tipo de trabalhos existem? Existe de tudo: a maioria das vagas são de faxineiros, jardineiros, lavador de pratos, auxiliar de serviços gerais. Em geral, esses trabalhos pagam pouco mais que o salário mínimo-algo em torno de US$ 5.50 a hora (em 1998). Entenda que esse trabalho não é um emprego. Consequentemente, o estudante é simplesmente um diarista, (um "peão") no campus, sem vínculo empregatício com a universidade e sem direito a quaisquer benefícios trabalhistas (férias, aposentadoria, etc.)  Mas com isso, a cada duas semanas o estudante pode receber um cheque em torno de US$ 220 brutos. Deverá haver um descontozinho para a previdência social ("social security") e talvez outro para o imposto de renda estadual ("state income tax").  Esse nível salarial geralmente é isento de imposto de renda federal.  Sim, aqui existem dois impostos de renda ...

Isso-em geral--é insuficiente para uma família viver aqui, mesmo considerando uma vida de pobre.  As despesas familiares variam de uma família para outra, dependendo do tamanho da família, hábitos e estilos, saúde de cada membro da família, aclimatação, propensão para doenças, etc. 

Quanto ao valor, mais adiante nessa mensagem eu vou discutir preços de aluguéis, moradia, etc. e aí você vai ver que é impossível viver e estudar aqui dependendo só do trabalho no campus.  Esse dinheiro dá para complementar o supermercado, colocar um pouco de gasolina no carro. Só.



Custos de Manutenção Domésticos (valores de 1998)

O custo de vida nos EUA (tal como no Brasil) varia de acordo com a região do país.  Utah e Idaho são estados que possuem um custo de vida relativamente baixo (e consequentemente estão entre os salários médios mais baixos do país). Porém, quando você reside próximo de uma universidade a lei de oferta e demanda altera tudo.  O aluguel de um apartamento de 2 quartos em Orem (cidade vizinha a Provo) chega a custar US$ 600 a 700, fora as despesas de utilidades públicas ("utilities").  Os apartamentos sempre são alugados com fogão e geladeira; alguns entre os mais novos (e às vezes um pouquinho mais caros) também têm máquina de lavar louça.  Muitos desses apartamentos estão em conjuntos residenciais, e já podem incluir uma mobília básica (sofá, poltrona, camas, mesa de cozinha, cadeira) por uns US$ 30 a 50 mensais.

Eu sempre recomendo às pessoas que comprem uma televisão e um DVD.  Os profissionais do ramo dizem que isso não adianta nada no aprendizado do idioma. Para mim, sempre adiantou muito pois me ajudou a aumentar o meu vocabulário.  Por outro lado, devo confessar que sempre fui viciado em noticiários, documentários, e bons filmes.

Se você estudar numa grande universidade, ela deverá ter um ou mais conjuntos residenciais.  Alguns desses são só para estudantes solteiros, e outros para estudantes casados. A BYU possui 2 conjuntos enormes para solteiros (Helaman Halls e Heritage Halls) e dois "menores" para casados (Wymount Terrace e Wyview Park). A maioria dos apartamentos para estudantes casados é de 1 ou 2 quartos, e alguns de 3 quartos. Eu morei num de 3 quartos, e quando saí de lá em Dezembro de 1996 acho que pagávamos uns US$ 450 de aluguel e mais uns US$ 50 de mobília. Nossa conta de luz saía por uns US$ 20 mensais, e lá na BYU as contas de gás, água e esgoto, e TV a cabo já estavam incluídas no aluguel.  A conta de telefone era dividida assim: ligações locais eram gratuitas, e a gente só pagava pelas ligações interurbanas ou internacionais.  Como sempre tivemos nossos familiares no Brasil, a nossa conta mensal oscilava entre US$ 30 e 50. Depois do Natal e Ano Novo, podia chegar a US$ 100 ou mais.  Esse arranjo com as contas de utilidade pública varia de um conjunto residencial para outro; uns incluem certos itens no aluguel e não outros.

Esses conjuntos residenciais em geral possuem uma lavanderia comunitária, onde você lava e seca a sua própria roupa. Os preços variam, mas estão em torno de US$ 0.75 a 1.00 por lavagem para a máquina de lavar e US$ 0.50 a 0.75 para a secadora.

Para aqueles que vêm com a família, eu considero fundamental possuir um carro, muito embora reconheça que as opiniões sempre serão as mais diversas sobre isso. De preferência um carro que não dê muita dor de cabeça para não aumentar mais ainda a despesa doméstica. Dependendo do tempo que vai se ficar aqui, recomendo um carro velho custando menos de US$ 1.000 (se você for ficar só alguns meses), ou um carro semi-novo comprado a prazo (caso você vá ficar uns 2 anos ou mais).

É possível viver sem carro em Provo? Sim. Mas você vai ver que sua habilidade de locomoção vai diminuir consideravelmente. Se você residir no campus, pode ir para as aulas a pé (20-30 minutos de caminhada) ou de bicicleta (10 minutos). Nem sempre o carro é para o estudante; na maioria dos casos, quem usa o carro é o cônjuge do estudante. Afinal, o estudante vai ficar o dia inteiro em aula; além disso, em geral não há vagas de estacionamento suficientes para todo mundo, e não raras vezes você tem que dirigir por 15 a 30 minutos até encontrar uma vaga que poderá estar localizada tão próximo da sua casa que você irá concluir que teria sido mais prático ir a pé. O problema vai existir na hora de fazer compras, especialmente com uma criança no colo. Os ônibus demoram, e dependendo de onde você mora deverá ter que pegar dois ônibus, etc. Sem contar do clima quando chega o inverno .... a 40 graus de latitude norte e 1.700 metros de altitude o inverno é rigoroso. Não é tão "glacial" quanto o norte de Idaho ou Dakota do Norte ou Minnesota, mas é bem gelado.

Para aqueles que planejam frequentar a BYU-Havaí, vale ressaltar que o custo de vida no Havaí é muito mais alto do que em Utah. Creio que está (no ano 2000) próximo do custo de vida de New York City ou Washington D.C.

Alimentação (valores de 1998)

É difícil dizer quanto você gastaria de comida, pois os hábitos alimentares variam de uma família para outra. Nesse ponto eu vou deixar a Mirian, minha esposa, escrever sobre o tipo e a despesa de alimentação:

Se você está acostumado com uma dieta rica em leite e derivados, cereal, carnes e verduras, encontramos os mesmos artigos que encontramos no Brasil com exceção de aipim e a maioria das frutas tropicais. Lembre-se de que estamos falando da condição existente hoje em dia (1998) em cidades como Salt Lake City, Provo, Orem, e cidades adjacentes. Se uma pessoa morar numa das muitas cidadezinhas distantes, poderá não encontrar nada disso.

Baseado na dieta que descrevi acima e com uma familia de 4 a 6 pessoas, você poderia gastar em média de US$ 400 a 600 mensalmente. Se a cidade em que você for morar não for pequena demais e tiver um bom número de mexicanos, geralmente você encontrará uma mercearia com produtos importados do México. Nesse caso você encontrará mais artigos que também usamos no Brasil.

Quanto ao preço dos alimentos, em geral os artigos alimentícios custam entre US$ 1 e 5 a unidade (seja lata, pacote, etc.) Como você deve saber, os EUA ainda usam o antigo sistema britânico de pesos e medidas, e a medida de peso é a Libra (lb). Uma libra equivale a 454 gramas no sistema métrico. Por exemplo, uma libra (454 g) de carne moída custa am torno de US$ 2.20.  Uma libra de coxa de galinha custa em torno de US$ 1.80, mas se for desossada o preço salta para uns US$ 2.50 a libra ou mais. Frios custam em torno de US$ 3.00 a libra (presunto de peru, queijo "cheddar"-aqui não existe o queijo prato), US$ 4.00 (presunto cozido), US$ 6.00 (peito de peru defumado, salaminho, etc.).

Se você tem um bebê na familia, o custo se eleva um pouco mais, pois os produtos infantis são mais caros. Por exemplo: fraldas descartáveis e "wipes" (lenços de papel com óleo) variam de preço entre US$ 4.00 e $ 7.00 o pacote de 20 fraldas. Leite em pó fica na base de US$7.00 ou um pouco mais por lata tamanho normal. Papinhas prontas (Gerber, etc.) custam em torno de US$ 0.70 cada vidrinho.

Agora, se você tem crianças com mais de três anos de idade e que não precisa mais de fraldas o custo diminui e o leite que você irá usar será o mesmo dos adultos. O galão de leite tipo A, como é vendido aqui (1 galão equivale a 3,8 litros), está na base de US$ 2.50. Mais uma vez, lembre-se de que esses preços mudam drasticamente dependendo da região do país, ou mesmo da região metropolitana.  Em Los Angeles e San Francisco os preços poderão ser um pouco mais altos. Em Chicago, Washington, ou New York, serão mais altos ainda. No Havaí o preço do galão de leite chega a ser o dobro, custando US$ 5.30.

Todos os preços listados acima não incluem o imposto sobre as vendas ("sales tax") similar ao nosso ICM. O imposto sobre as vendas nunca é embutido no preço das mercadorias, mas é calculado na máquina registradora. O percentual varia de um estado para outro e em Utah é 6,25%.

Preparativos para a Mudança 

Eu não posso explicar em poucas linhas como foi a minha experiência pois minha história é um tanto complicada. Basta dizer que eu não tinha planos para vir para os EUA e no final das contas, entre a decisão de vir e o embarque no aeroporto se passaram só 3 semanas. Eu vim com minha família para ficar uns dois anos, mas já vou completar 8 anos.

Os preparativos dependem muito da duração prevista da sua estada aqui nos EUA. Curiosamente, se você está vindo para ficar alguns meses terá mais coisas com que se preocupar do que se estiver vindo para ficar 2 anos. O aparente paradoxo é fácil de se explicar. Se você está vindo para ficar 2 anos, forçosamente irá vender muitas das coisas que possui para poder angariar o dinheiro necessário para a vinda e para arrumar uma moradia aqui. O que não vender você muito provavelmente trará consigo. E devido ao alto preço que as empresas aéreas cobram pelo excesso de bagagem, você procurará trazer o mínimo necessário.

Por outro lado, se você vai ficar só alguns meses, você não irá se desfazer de suas coisas, e aí precisará arrumar alguém para ficar com elas temporariamente, etc.


Emprego Após a Formatura, Visto de Trabalho (H1), Green Card

O visto F-1 também dá direito ao seu portador de trabalhar profissionalmente nos EUA por 12 meses após a conclusão oficial do curso. Entenda-se o termo "conclusão oficial" como a obtenção de um diploma ou certificado oficial da escola ou universidade. Esse período de 12 meses é chamado "practical training", e oficialmente o ex-estudante só pode trabalhar numa área profissional relacionada com o curso em que recebeu o certificado.

Não há garantias de que todos os estudantes conseguirão um trabalho ao final do curso. Fatores econômicos, políticos, e tecnológicos afetam a oferta e a demanda no mercado de trabalho. Por exemplo, nesses 8 anos em que estive aqui, já vi alguns de meus colegas conseguirem excelentes empregos alguns meses antes de se formar. Por outro lado, vi outros amargarem um longo período de desemprego antes de arrumar alguma coisa que valesse a pena.

Outras variáveis que afetam o emprego após a formatura: O tipo de curso, a reputação da escola ou universidade, a idade do formando, e experiência profissional anterior. Empregos nas áreas de letras e ciências sociais estão "em baixa"; porém nas áreas tecnológicas, especialmente ciência da computação e gerência de sistemas, há vagas sobrando. De fato, em Junho de 1998 um grupo de empresários "pesos-pesados" da indústria de informática (incluindo o multibilionário Bill Gates, da Microsoft) foram ao congresso em Washington D.C. para depor numa C.P.I., aonde pediram a flexibilização da concessão de vistos para estrangeiros nas áreas de microeletrônica, programação avançada, etc. Um grandes dos segredos da indústria de informática nos EUA é que ela sempre dependeu de talentos vindos do estrangeiro. Existem milhares de hindus, chineses, japoneses, iranianos, russos, húngaros, etc. por trás de muitos dos produtos eletrônicos mais sofisticados do mercado.

Caso uma empresa americana se interesse em contratar um ex-estudante estrangeiro por um prazo superior a 12 meses, existe um procedimento burocrático (formulários, taxas, etc.) a ser seguido. Este procedimento não é complicado, mas é "uma chateação" muito grande devido ao tempo que se gasta juntando a papelada. Por causa disso, muitas empresas simplesmente se recusam a considerar candidatos estrangeiros.

O custo não costumava ser alto; até recentemente custava à empresa no máximo uns US$ 150 para obter o direito ao visto de trabalho (H1-B).  Com o aumento do número de pedidos de visto no ano 2000 o Congresso Americano aprovou o aumento o preço do visto de trabalho para US$ 1.000

Este visto de trabalho é válido por 3 anos, e pode ser renovado uma única vez por mais 3 anos.  Existem vários tipos de vistos de trabalho: H1-A, H1-B, H2, etc. dependendo do campo profissional específico. Existe um visto só para profissionais de medicina, outro só para administradores, e outros tipos de visto para agricultores, artistas, atletas, ministros religiosos, etc.

Os familiares do trabalhador recebem o visto H4, que não lhes dá o direito de trabalhar em hipótese alguma.

Se a empresa desejar que o funcionário permaneça nos Estados Unidos por mais de 3 anos, ela deverá solicitar o cartão de residência, o famoso "Green Card" (que curiosamente não é verde). Com o green card, o funcionário se torna um residente permanente--um imigrante--nos Estados Unidos.  Depois de possuir o green card por 5 anos o imigrante pode pedir (se quiser--não é obrigatório) para se naturalizar e assim teóricamente renunciar à sua cidadania original e receber a cidadania americana.

O "green card" involve um processo lento e caro. Atualmente (ano 2000) está levando de 18 meses a 3 anos, dependendo de qual escritório do INS (Serviço de Imigração) estiver cuidando do pedido. E o custo total não fica por menos de US$ 2.000 para uma pessoa. Como o processo hoje em dia é cheio de pormenores jurídicos complexos que mudam frequentemente, recomenda-se que o processo seja acompanhado por um advogado especializado em imigração. Advogados cobram entre US$ 2.000 e 10.000 para fazer tal acompanhamento.

Existe um volume tão grande de informações a esse respeito (imigração, vistos) que não me é possível abordar todos os detalhes nesta mensagem. Eu sugiro que você consulte a página do USCIS-U.S. Citizenship and Immigration Services (antigamente conhecido como INS-Immigration & Naturalization Service) na Internet (http://www.uscis.gov/graphics/index.htm).

É suficiente dizer que deve-se ter muito cuidado com os "trambiqueiros" que cobram uma fortuna para não fazer nada ou para fazer muito pouco.  Alguns desses eram advogados e outros nem isso.  Muito cuidado!  O sistema americano funciona sob certas normas rígidas--no que se refere a leis nos EUA não há "jeitinhos"; porisso, desconfie quando alguém oferecer facilidades, atalhos, ou disser que possui "amigos no INS", ou alegar que foi funcionário do INS por não sei quantos anos.  São muitas (muitas mesmo!) as histórias de estrangeiros que foram lesados descaradamente por pessoas inescrupulosas, algumas das quais (infelizmente) membros da Igreja.  Não há como recorrer judicialmente e o INS não quer saber de nada.  Um estrangeiro não goza dos mesmos direitos perante a lei americana que um cidadão-aliás vale dizer que um estrangeiro aqui tem quase todas as responsabilidades dos cidadão, mas poucos direitos.


Conclusão: Vale a Pena o Sacrifício?

A próxima pergunta seria: "Valeu a pena?" Tenho duas respostas para essa pergunta:

(1) a curto prazo estudar nos EUA foi uma das maiores besteiras que eu já fiz na minha vida, e um dos maiores danos que poderia ter causado à minha família sob o ponto de vista financeiro, cultural, e emocional;

(2) a longo prazo, estudar aqui terá sido a melhor coisa que eu já fiz na minha vida e a que proporcionará os melhores benefícios para a minha família: financeiramente, socialmente, culturalmente, emocionalmente, e espiritualmente.

Eu não vim para os EUA para ganhar dinheiro, ou para melhorar de vida. Minhas razões foram outras. Eu deixie de lado minha antiga vida e minha carreira no Brasil porque senti que que o Senhor tinha planos para mim. Mas para dizer a verdade, no primeiro momento a coisa toda foi um salto no vazio, um passo na escuridão. Eu só vim a me certificar disso por volta de 1994. Nada me foi fácil aqui; absolutamente nada. Tudo foi difícil, tudo foi complicado. Nós temos vivido de milagres todos esses anos. Nunca fomos ricos, mas o Senhor sempre nos abençoou com tudo o que necessitamos.

Como na vida a gente deve sempre levar em consideração os benefícios a longo prazo, especialmente aqueles que proporcionarão as melhores oportunidades para a nossa família, eu digo que a experiência de estudar no exterior é altamente vantajosa.

Acima de tudo, eu sugiro consultar o Senhor. Pondere sobre a sua bênção patriarcal, jejue, e ore. Se você sentir que esta é a vontade do Senhor e/ou que Ele está de pleno acordo com a sua decisão, tudo estará bem-ainda que existam muitos desafios pela frente. Com as bênçãos do Senhor a gente pode fazer tudo.

Se você tiver mais perguntas, envie-as e nós teremos o máximo prazer em respondê-las.


Dr. Marcus H. Martins, Ph.D.
BYU-Hawaii
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