Leituras:
"O
casamento e a família bem-sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os
princípios da fé, da oração, do arrependimento, do perdão, do respeito,
do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas
salutares. ....
"Nessas
atribuições sagradas, o pai e a mãe têm a obrigação de ajudar-se
mutuamente, como parceiros iguais.
"Enfermidades, falecimentos ou outras circunstâncias podem exigir adaptações específicas. Outros parentes devem oferecer ajuda quando necessário."
A Família: Proclamação ao Mundo
| Pres. Spencer W. Kimball - Marriage and Divorce (Casamento e Divórcio) (1976 - em inglês) | |
| Pres. Gordon B. Hinckley - O Que Deus Ajuntou (1991) | |
| Pres. Dallin H. Oaks - Divórcio (2007) | |
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| Pres. Dieter F. Uchtdorf - Em Louvor dos Que Salvam (2007) | |
| Dr. Marcus H. Martins
- Divórcios e Selamentos (Video
- 2014) Comentários sobre Selamentos (Video - 2020) |
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| Manual
Geral (2020) Capítulo 38 Item 38.4.1.9 - Como o divórcio afeta meu selamento? Item 38.4.1.10 - Quais são os efeitos do cancelamento de um selamento? |
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| Pres.
Thomas S. Monson Pres.
Spencer W. Kimball #1, 2, 3
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Tristeza
no Cancelamento de Selamentos Um Casamento Feliz não é Automático, e o Divórcio não é a Cura para a Infelicidade A Autoanálise Pode Evitar o Divórcio Independência e Proibição de "Outras Inclinações" no Casamento Chave para o Sucesso no Casamento Proibido o Domínio Injusto no Casamento |
| Ministrando Indivíduos Divorciados | |
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Pres. James E. Faust #1, 2, 3 Pres. Gordon B. Hinckley #2, 3 Pres. Spencer W. Kimball #2 |
Simpatia e Compreensão para com os Divorciados Razões para o Divórcio Justa Causa para o Divórcio Raízes do Divórcio e a Essência da Felicidade Respeitar Indivíduos Divorciados Namorar Alguém Antes da Finalização do Divórcio é Pecado |
Nos
três anos desde que fui apoiado como Presidente da Igreja, creio que a
responsabilidade mais triste e desanimadora que tive foi a de ter que
lidar cada semana com cancelamentos de selamentos.
Cada um deles
foi precedido de um feliz casamento na casa do Senhor, onde um casal
amoroso iniciou uma vida nova juntos, ansiando por passar o restante da
eternidade um com o outro. E então, passaram-se meses e anos e, por um
motivo ou outro, o amor desapareceu.
Pode ser devido a problemas
financeiros, falta de comunicação, temperamentos descontrolados,
interferência da família, envolvimento em pecado. Há inúmeros motivos.
Na maioria dos casos, o resultado não tem que ser o divórcio.
A
grande maioria dos pedidos de cancelamento de selamento parte de
mulheres que tentaram desesperadamente fazer o casamento dar certo, mas
que, no final, não conseguiram sobrepujar os problemas.
Escolham
uma companheira de modo cuidadoso e fervoroso. E quando se casarem,
sejam ferrenhamente leais um ao outro. Vi um conselho inestimável numa
placa emoldurada que estava na casa de meu tio e minha tia. Nela estava
escrito: “Escolha seu amor, ame sua escolha”. Há grande sabedoria
nessas poucas palavras. O comprometimento no casamento é absolutamente
essencial.
O divórcio em si não constitui todo o mal, mas a própria aceitação do divórcio como cura também é um pecado grave desta geração. O fato de um programa ou modelo ser universalmente aceito não significa que seja correto. O casamento nunca foi fácil. Talvez nunca seja. Ele traz consigo sacrifício, partilha e uma demanda por grande abnegação. ... [Nós] chegamos à conclusão de que o divórcio não é a cura para as dificuldades, mas apenas uma fuga, e uma fuga fraca. ...
Muitas séries de TV, filmes e histórias de ficção terminam com casamento e "e viveram felizes para sempre". ... A mera realização de uma cerimônia não traz felicidade e um casamento bem-sucedido. A felicidade não vem apertando um botão ... a felicidade é um estado de espírito e vem de dentro. Ela precisa ser conquistada. Não pode ser comprada com dinheiro ...
Presidente Spencer W. Kimball
#2
A Autoanálise Pode Evitar o Divórcio
Marriage
and Divorce (1976
- em inglês)
Todo divórcio é resultado do egoísmo de uma ou de ambas as partes envolvidas no casamento. Alguém está pensando em conforto e conveniência pessoal, liberdade, luxo ou facilidade. ... Se cada cônjuge se submeter a uma frequente autoanálise e medir suas próprias imperfeições pela régua da perfeição e pela Regra de Ouro [Mateus 7:12], e se cada um se empenhar em corrigir a si mesmo em cada desvio encontrado nessa análise, em vez de tentar corrigir os desvios do outro, então ocorre a transformação e o resultado é a felicidade.
Há muitos "fariseus" que se casam que deveriam memorizar a parábola do Salvador em Lucas -- pessoas que alardeiam suas próprias virtudes, empilham suas próprias qualidades e as colocam na balança contra as fraquezas do cônjuge. ... Às vezes, "alfinetadas" incessantes de um cônjuge infeliz, descontente e egoísta pode, no fim, acumular ... Para cada atrito, há uma causa; e sempre que houver infelicidade, cada um deve examinar a si mesmo para encontrar a causa, ou pelo menos a parte da causa que se originou em si mesmo.
Presidente Spencer W. Kimball
#3
Independência e Proibição
de "Outras Inclinações" no Casamento
Marriage
and Divorce (1976
- em inglês)
Às
vezes, no casamento, existem outros tipos de inclinações, apesar de o
Senhor ter dito: "Amarás tua esposa de todo o teu coração e a ela te
apegarás e a nenhuma outra" [D&C 42:22].
Isso significa,
igualmente, que "Amarás teu marido de todo o teu coração e a ele te
apegarás e a nenhuma outro". Frequentemente, as pessoas continuam a se
apegar às suas mães, aos seus pais e aos seus amigos. Às vezes, as mães
não abrem mão da influência que exercem sobre os filhos; e tanto
maridos quanto esposas recorrem aos seus pais para obter conselhos e
confidências, quando, na verdade, o apego deveria ser à esposa na
maioria das coisas, e todas as intimidades deveriam ser mantidas em
grande segredo e privacidade.
Os casais fariam bem em encontrar
imediatamente seu próprio lar, separado e independente do dos sogros de
ambos. O lar pode ser muito modesto e despretensioso, mas ainda assim é
um domicílio independente. Sua vida conjugal deve se tornar
independente da família dela e da família dele. Você os ama mais do que
nunca; valoriza seus conselhos; aprecia sua associação; mas vocês vive
suas próprias vidas, guiado por suas decisões, por suas próprias
reflexões em oração, após receber o conselho daqueles que devem dá-lo.
Apegar-se não significa apenas ocupar a mesma casa; significa aderir
firmemente, permanecer junto ...
Presidente Howard W. Hunter
Chave para o Sucesso no Casamento
Teachings of Howard W. Hunter, p.130
Ser feliz e ter um casamento bem-sucedido geralmente não depende tanto de casar com a pessoa certa, mas sim de ser a pessoa certa. ... O esforço consciente para cumprir integralmente o seu papel é o maior fator que contribui para o sucesso.
Qualquer homem desta Igreja que maltratar sua esposa ou a humilhar, insultar ou exercer sobre ela injusto domínio não é digno de possuir o sacerdócio. Ainda que ele tenha sido ordenado, os céus se afastarão, o Espírito do Senhor Se magoará e amém para a autoridade do sacerdócio desse homem. Qualquer homem envolvido nessa prática é indigno de possuir uma recomendação para o templo.
Lamento dizer que presencio muitos casos desse fenômeno horrível. Há homens que agridem a esposa, tanto verbal quanto fisicamente. Que tragédia é um homem rebaixar a mãe de seus filhos.
Meus irmãos, se houver ao alcance de minha voz homens culpados de tal comportamento, chamo-os ao arrependimento. Ajoelhem-se e peçam perdão ao Senhor. Orem pedindo a Ele o poder para controlar sua língua e sua mão pesada. Peçam perdão a sua esposa e seus filhos.
O divórcio só pode ser justificado em circunstâncias raríssimas, pois frequentemente dilacera a vida das pessoas e corta a felicidade familiar. Muitas vezes, as partes envolvidas em um divórcio perdem muito mais do que ganham.
A experiência traumática vivida durante um divórcio parece pouco compreendida e não suficientemente avaliada. Certamente, é necessário muito mais simpatia e compreensão por aqueles que passaram por essa grande tragédia e cujas vidas não podem ser revertidas.
Para os divorciados, ainda há muito a se esperar em termos de realização e felicidade na vida, no esquecimento de si mesmo e na prestação de serviços aos outros.
Pres. James E.
Faust #2
Razões para o Divórcio
To Reach Even unto You, págs. 54-55
Não existem respostas simples para as questões complexas e desafiadoras da felicidade no casamento. Há muitas razões supostas para o divórcio. Entre elas, estão os sérios problemas de egoísmo, imaturidade, falta de compromisso, comunicação inadequada, infidelidade e outras que são óbvias e bem conhecidas.
Na minha experiência, existe outra razão que parece não ser tão óbvia, mas que precede e permeia todas as outras. É a falta de enriquecimento constante no casamento. É a ausência daquele "algo a mais" que torna a vida conjugal preciosa, especial e maravilhosa, apesar de, por vezes, ser árdua, difícil e monótona. ...Existem algumas perguntas simples e relevantes que toda pessoa, casada ou que esteja pensando em se casar, deve se fazer honestamente. São elas:
(1) Sou capaz de pensar primeiro no interesse do meu casamento e do meu parceiro, antes de pensar nos meus próprios desejos?
(2) Quão profundo é o meu compromisso com o meu companheiro, ao lado de quaisquer outros interesses?
(3) Ele ou ela é meu melhor amigo?
(4) Tenho respeito pela dignidade do meu parceiro como pessoa de valor e importância?
(5) Discutimos por causa de dinheiro? (O dinheiro em si, ou a falta dele, não parece tornar um casal feliz ou infeliz, mas muitas vezes é um símbolo de egoísmo.)
(6) Existe um vínculo espiritualmente santificador entre nós?
Pres. James E. Faust #3
Justa Causa para o Divórcio
Conferência Geral, Abril 1993
O que, então, pode ser considerado “causa justa” para se quebrar os convênios do casamento? ... Confesso não ter sabedoria nem autoridade para declarar conclusivamente o que seja “causa justa”. Apenas os participantes do casamento podem determinar isto. Eles devem arcar com o peso da responsabilidade pela série de conseqüências acarretadas pela dissolução do casamento.
Em minha opinião, “causa justa” não deve ser nada menos sério do que um relacionamento prolongado e aparentemente irredimível, que destrói a dignidade de uma pessoa como ser humano.
Ao mesmo tempo, tenho uma boa idéia quanto ao que não é uma boa razão para quebrar os sagrados convênios do casamento. Certamente não é apenas “sofrimento mental”, “incompatibilidade de gênios”, “afastamento um do outro”, ou “fim do amor”, principalmente quando há crianças envolvidas. Com relação a este conselho divino, Paulo aconselha: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25). “Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos” (Tito 2:4).
Presidente Gordon B. Hinckley #2
Raízes do Divórcio e a Essência da Felicidade
A Liahona,
Março 1993, págs. 6-7 (arquivo
histórico em PDF - tradução alternativa)
Existem
muitas falhas no mundo, mas a maior delas, a meu ver, é a falha que se
encontra em lares desfeitos. A mágoa é imensurável.
A raiz da
maioria dessas reside no egoísmo. A cura para a maioria delas pode ser
encontrada no arrependimento por parte do ofensor e no perdão por parte
do ofendido.
Todo casamento está sujeito a um clima tempestuoso
ocasional. Mas com paciência, respeito mútuo e um espírito de
tolerância, podemos resistir a essas tempestades. Onde erros foram
cometidos, pode haver pedido de desculpas, arrependimento e perdão. Mas
deve haver disposição para isso por parte de ambos as partes. ...
Aprendi
que a verdadeira essência da felicidade no casamento reside não tanto
no romance, mas em uma preocupação genuína com o conforto e o bem-estar
do cônjuge. Pensar apenas em si mesmo e na gratificação de desejos
pessoais não construirá confiança, amor ou felicidade. Somente quando
houver altruísmo é que o amor, com suas qualidades inerentes,
florescerá e desabrochará.
O casamento, em seu sentido mais
verdadeiro, é uma parceria entre iguais, onde nenhum exerce domínio
sobre o outro, mas sim cada um encoraja e auxilia o outro em quaisquer
responsabilidades e aspirações que ele ou ela possa ter.
Presidente Gordon B. Hinckley #3
Respeitar Indivíduos Divorciados
Single Adult Fireside Satellite Broadcast, February 26, 1989
Teachings of Gordon B. Hinckley, págs. 161-162
Para vocês que são divorciados, saibam que não os menosprezamos como fracassados porque um casamento falhou. Em muitos, talvez na maioria dos casos, vocês não foram responsáveis por aquele fracasso. Além disso, a nossa obrigação é de não condenar, mas perdoar e esquecer, elevar e ajudar. Nas vossas horas de desolação, voltem-se para o Senhor, que disse: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei ... Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28, 30).
O Senhor não irá te negar nem afastar você. As respostas para suas orações poderão não ser dramáticas; elas poderão não ser facilmente compreendidas ou mesmo apreciadas. Mas tempo virá em que vocês saberão que foram abençoados. Para aqueles que têm filhos e lutam para criá-los em retidão, tenham certeza de que eles se tornarão uma bênção, um conforto e uma força para vocês durante todos os anos vindouros. ...
Presidente Spencer W. Kimball #3
Namorar Alguém Antes da Finalização do Divórcio é Pecado
Faith Precedes the Miracle, pág.143
Um marido e uma esposa estavam brigando e haviam chegado a um grau de incompatibilidade tão grande que ameaçaram se divorciar e já haviam consultado advogados. Ambos, amargurados, tinham encontrado companheirismo em outras pessoas. Isso foi pecado. Por mais acirradas que fossem suas diferenças, nenhum dos dois tinha o direito de começar a namorar ou procurar amigos. Qualquer namoro ou associação desse tipo entre pessoas casadas fora do casamento é iníquo. Mesmo tendo iniciado o processo de divórcio, para serem morais e honrados, devem esperar até que o divórcio seja finalizado antes que estejam justificados em desenvolver novos romances.
Enquanto o convênio matrimonial não tiver sido legalmente desfeito, nenhum dos cônjuges pode, moralmente, buscar um novo romance ou abrir o coração para outras pessoas. Depois que o divórcio se tornar definitivo, ambos os indivíduos libertos podem se envolver em atividades de namoro apropriadas.